Na terra do Sol Mordido

Na terra do Sol Mordido

SINOPSE:

E, se em vez de sermos definidos pelo que temos, fôssemos descritos pelo que nos falta? Não por ofensa, não por crueldade, mas porque nossas faltas nos constituem e estruturam. Porque no nosso ser faltante reside uma beleza:

a beleza da poesia, da construção, da reconstrução, da vida em sua inconstância, do desejo em sua errância, do amar e suas procuras.

E se descobríssemos, como o poeta, que “a maior riqueza do homem é sua

incompletude” (Manoel de Barros)? Nisso, certamente, teremos que concordar, somos abastados. E é a partir daí que podemos percorrer o caminho do viver, do desejar e do amar, como quem faz uma tapera para o abandono, uma casa para o desabrigo.

Talvez o mundo se pareça como a Terra do Sol Mordido, assim descrita: “uma terra em que o sol não nasce quadrado nem arredondado, mas mordido, como uma bolacha abandonada, faltando pedaço. Ali, uma serra abraça a cidadezinha feita de casas coloridas, com ruas de pedra escovada. Nela o abraço é incompleto, deixando gente fora do desenho que ela faz, gente sem abraço. A cidadezinha tem casinhas miudinhas, com paredes pintadinhas. Umas não têm janela, outras não têm porta, algumas simplesmente não têm telhado, outras possuem meio telhado só...

Mas todas as casas são multicoloridas e alegres. Umas têm árvores e pássaros; outras têm jardins cheios de flores e frutos... Nenhuma tem muita dor, mas só uma pitadinha que faz lembrar da fragilidade da vida”.

Uma cidade, um mundo assim, merece uma visita. E, na visita, uma descoberta.

Na descoberta, uma ternura. E, na ternura, uma saída da pretensão das inteirezas.

CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO:

Autoria: Solange Maria do Carmo e Eduardo César Rodrigues Calil

Ilustrações: Rubens Filho

CAPA DURA

Editora: Fique Firme
Páginas: 25
Ano: 2021
Tamanho: 26 x 26 cm
ISBN: 9786500201406

Papel couché fosco 115 g/m2, livro todo colorido